quinta-feira, 29 de abril de 2010

Calvinismo passado e do presente
Calvinismo é um ramo da Igreja Protestante baseada nos ensinamentos do reformador francês João Calvino (1509-1564). O princípio mais fundamental da crença calvinista é que Deus é soberano. Além dessa crença fundamental, existem cinco princípios do calvinismo, que por vezes são ensinadas usando o acrônimo TULIP:

•Depravação Total é a crença de que a humanidade não pode ser salvo sem a graça de Deus. Isto é devido ao pecado original ou a queda do homem no Jardim do Éden.
•eleição incondicional é a crença de que os poucos indivíduos que conseguem fazê-lo salvação pela graça de Deus, não por suas próprias boas obras.
•expiação limitada significa que Cristo morreu somente por aqueles indivíduos que são predestinados para a salvação, não para o mundo em geral.
•graça irresistível dita que os indivíduos que são predestinados para a salvação não pode rejeitar a graça de Deus.
•Perseverança dos Santos é muitas vezes referida como "uma vez salvo sempre salvo", isto é, os eleitos escolhidos para a salvação não pode perder esse privilégio.
Calvinistas admitem que os homens podem são capazes de boas obras, sem a mão orientadora de Deus, mas insistem que esses atos são imperfeitos. Atos de caridade, sem a influência de Deus são manchadas e servem apenas para o ego do curso doadores. Uma crença adicional que guia a Igreja calvinista moderno é o princípio regulador do culto. Isto significa que todos os elementos necessários para a adoração são descritos na Bíblia. Os instrumentos musicais eram proibidos nos cultos de João Calvino, porque a teoria de que os instrumentos musicais não eram usados nas igrejas do Novo Testamento. igrejas modernas pincel de lado essa crença e adicione a cantar e os instrumentos de seus serviços.

crença calvinista está experimentando uma nova popularidade na América do Norte, segundo a revista Time escritor David Van Biema. Seu artigo sobre Neo calvinismo está incluído no 12 março de 2009 o artigo "10 Idéias de Mudar o Mundo neste momento." O sistema de crença um tanto rígida parece ter um apelo crescente para os indivíduos inundado por um vale tudo moral. Os porta-vozes novas para Neo calvinismo incluem John Piper de Minneapolis, Mark Driscoll de Seattle, e Albert Mohler, presidente do Seminário Sul da Convenção Batista do Sul.

http://www.lgmarshall.org/calvinism/

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Da Pedofilia e Outras Filias
Sex, 16 de Abril de 2010 00:23
Reflexão Episcopal





Da Pedofilia e Outras Filias



Uma manhã de sábado, e eu me encontrava no “cafezinho” do térreo do Shopping Center Tacaruna, entre Recife e Olinda, quando um senhor de seus 80 anos, mas ainda com vigor, se aproximou de nós e disse: “Veja como são as coisas. Sou um homem feliz. Tenho mais de 50 anos de casado, uma esposa maravilhosa, filhos e netos ajustados. Mas, se fosse hoje, eu não poderia ter a oportunidade que tive na vida. Seria rejeitado como ‘pedófilo’, pois me casei com quase 30 anos com uma jovem de 14, o que era comum para a minha geração”.



E aí me lembrei de meus avós paternos: “seu” Manoel casou com 28 anos e dona “Mãezinha” (Josefa) com 15 anos (noivara com 14), e gerou meu pai, Edward, aos 16 anos. Viveram mais de 50 anos de casados, e geraram 10 filhos. Um pastor anglicano – de geração mais recente – passou por experiência semelhante.



Como dizia Cícero: “Ó Tempo! Ó Costumes!”.



No final do século XIX os brancos viviam em torno de 21 anos e os negros em torno de 19. Em meados do século passado essa expectativa de vida tinha aumentado um pouco mais de uma década. Somente na segunda metade do século XX, com vacinas, antibióticos, higiene, alimentação, esportes, educação é que a expectativa de vida veio em um crescendo rápido. Antes se saía diretamente da infância para a idade adulta. O conceito (e o próprio termo) “adolescente” é muito recente. A mulher foi para o mercado de trabalho e para a universidade, se passou a casar e gerar filhos cada vez mais tarde. Hoje já se fala em uma “adolescência estendida”: marmanjos e marmanjas entre 25 e 30 anos “pendurados” na casa dos pais.



Na tradição oriental – inclusive em Israel – uma jovem estaria passível de se casar após a terceira menstruação.



Muito do que se discute hoje em termos de “relações pré-conjugais” ou “relações pré-cerimoniais” não passa de reconhecimento que a natureza violentada, com sua práxis milenar, cobra do celibato/castidade forçados pela cultura e pela economia. Dos 18/15 anos dos seus avós para os 28/25 anos dos seus pais, e não se sabe quanto espera para si. “Quem ama espera?”. E quem inventou esse negócio de esperar? Ter diploma, bom emprego, casa, carro, não fazem parte da biologia...



Vem, então, a pergunta, variando de época, lugar e cultura: qual a idade limite para uma iniciação sexual lícita: 18? 16? 14? Isso não é uma pergunta retórica, pois passa a constar do Direito Penal atual. No Brasil, passamos a adotar um “original” conceito de presunção de estupro, mesmo que não tenha havido violência e tenha havido consentimento ou cooperação da menor, tomando-se em conta apenas o elemento idade.



Um camponês iletrado e uma menor urbana escolarizada e “escolada”: quem corrompe quem? A literatura nos brinda o tema com obras como Lolita, de Nobocov.



Há uma diferença entre violência e corrupção de menores de relações por mútuo consentimento. A história da cultura, a história da moral, e a história do Direito, nos atestam a mutabilidade (e a relatividade) desses conceitos.



E o que dizer da gerontofilia, que é a preferência sexual por pessoas mais velhas? E isso acontece, cada vez mais, entre homens e mulheres, apesar da censura social ainda subsistir. Tenho um amigo meu que tem essa preferência, e tem sofrido muita incompreensão.



Estou falando, nesse texto de relações heterossexuais e não homossexuais, de vontade livre e não-violenta. Os textos bíblicos e a história da Igreja nos são pródigos em exemplos de amor sincero, verdadeiro e aprovados por Deus – inclusive de líderes – entre pessoas de idades diferentes.



Daí termos cuidado com o “politicamente correto” (moralismo de esquerda), os exageros e os extremismos na normatização e na criminalização da vida e dos afetos.



Nem só de condenação penal aos psicopatas e delinquentes, nem só de condenação social e moral às menores pobres sexualmente ativas e reprodutoras, se esgota a afetividade entre as gerações.



Recife (PE), 16 de abril de 2010,

Anno Domini.

+Dom Robinson Cavalcanti, ose

Bispo Diocesano

http://www.dar.org.br/bispo/50-artigos/1035-da-pedofilia-e-outras-filias.html